2018.02.11
No dia 8 de fevereiro, os Sindicatos Médicos – a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) – reuniram com o Ministério da Saúde (MS). Esta reunião ocorreu após vários meses de silêncio por parte do MS, que interrompeu unilateralmente o processo negocial.
Na reunião, estiveram presentes a Secretária de Estado da Saúde, Rosa Valente de Matos, e o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo. Constatamos que a substituição de alguns dos elementos da delegação não representou qualquer evolução na posição governamental.
Os pontos que a FNAM considera imprescindíveis, como a negociação da carreira médica e da grelha remuneratória, a diminuição da lista de utentes dos médicos de família e os limites do trabalho urgente e extraordinário, continuam sem qualquer contraproposta por parte do Ministério da Saúde. Estes pontos continuam a ser os mesmos que motivaram duas greves no ano passado.
Em relação aos concursos de colocação de recém-especialistas, atrasados há vários meses, fomos informados que o concurso à especialidade de Medicina Geral e Familiar estaria previsto para a próxima semana. No entanto, continua sem perspetiva de data de abertura o concurso para os especialistas hospitalares.
Relativamente ao diploma que regulamenta o Internato Médico, a FNAM manifestou não conhecer qual a versão que teria sido enviada para promulgação, expressando o seu desacordo sobre a versão conhecida pelos sindicatos. devido à discordância relativamente a vários pontos do diploma.
A delegação do Ministério da Saúde garantiu que irá apresentar contrapropostas por escrito ainda durante o mês de fevereiro.
Com enorme preocupação constatamos não haver da parte do Ministério uma alteração da atitude e da postura em relação aos médicos.
Não havendo qualquer aproximação do Governo às legítimas expetativas dos trabalhadores médicos, a FNAM mantém a decisão de escalar as formas de luta, já anunciadas previamente.