O SMZC reuniu ontem no Hospital de Leiria após ter solicitado reunião ao Presidente do Conselho de Administração por preocupação com a saúde e segurança dos trabalhadores médicos. O SMZC esteve representado por Noel Carrilho, Vitória Martins e Manuela Soares. Da parte do Hospital de Leiria esteve presente a diretora do Serviço de Saúde e Segurança do Trabalho Dra Sandra Cabete, o Médico de Trabalho Dr. Leite e o Director dos Recursos Humanos Dr. Jael Antunes.
Foi lamentável que perante um assunto de tamanha importância e após um período de tamanha exigência profissional, pessoal e emocional para os médicos e restantes profissionais de saúde o conselho de Administração não estivesse representado nem pelo seu diretor clínico, nem por um vogal do conselho .
O SMZC expressou a sua preocupação pelo facto de recomendações dadas pela Medicina do trabalho estarem a ser ignoradas pelas chefias e conselho de administração não pondo a saúde dos profissionais em lugar primordial como seria de esperar. A Dr. Sandra informou que as recomendações são enviadas à chefia que poderá colocar as questões pertinentes para melhor esclarecimento da situação. É preocupante que as recomendações demorem meses a ser tomadas em linha de conta. Torna-se pois fundamental o médico em questão tomar as medidas necessárias para ver as recomendações cumpridas pelo que o SMZC sugere que o processo seja acompanhado de perto pelo sindicato.
A vacinação dos médicos que tiveram COVID está planeada de acordo com as recomendações da DGS.
Outros assuntos abordados prenderam- se com:
1- questões ligadas ao serviço de urgência.
Foi reconhecido o direito a folga por trabalho ao Domingo inclusive para os internos do ano comum.
O SMZC chamou a atenção para o pagamento de horas noturnas para os médicos sindicalizados que segue o ACT ( das 20 as 8h) com compromisso de verificação se está a ser cumprido.
O SMZC deixou também o alerta que não sendo o médico responsável pela escala de urgência não pode ficar a “ dever “ urgências por não ter sido escalado na semana anterior de acordo com o que está definido no horário aprovado. O mesmo se aplica se não fez urgência por motivo de férias ou de doença.
Fomos informados que está em reformulação o sisqual de forma a permitir a contabilização das horas extraordinárias a partir das 144 horas.
2- Atribuição de um dia de férias por cada 10 anos de trabalho
Os recursos humanos aguardam parecer da ACSS em relação à forma de contabilização destes 10 anos. Para o SMZC é claro que ao ser negociado foi intenção ir ao encontro do que já se fazia para os médicos com contrato em funções públicas, isto é a contabilizar a partir do início do internato. Também foi este o entendimento da maioria dos hospitais da região centro. É lamentável que tal não seja claro para o Hospital de Leiria. A FNAM irá intervir junto da ACSS para a rápida resolução deste impasse.
O SMZC agradece aos sócios do Centro Hospitalar de Leiria que façam chegar qualquer situação de irregularidade relativo aos assuntos abordados, para que possam orientar e intervir para sua célere resolução.